Entrevista com Redson (Cólera)

O Cólera é uma das bandas pioneiras do punk brasileiro, mas diferentemente da maioria dos grupos que surgiu na década de 70, nunca deixou de existir. Das bandas brazucas antigas, o Cólera é a única que nunca “voltou” ou “ressuscitou”, pois de um jeito ou de outro manteve-se em atividade desde sua criação, há 40 anos, mais ou menos. A importância do Cólera para o … Continuar lendo Entrevista com Redson (Cólera)

Cult Maniax: entre o punk e o hardcore

Cult Maniax é (ou foi) um grupo inglês da cidade de Torrington, idealizado pelo vocalista Big Al (Alan Mitchell), o guitarrista Rico Sergeant, o baixista Michael Steer e o baterista Paul Mills. O pico de atividades do culto (os maníacos eram os fãs) foi entre 1980 e 86. Quando tudo começou, Big Al já era m pouco mais velho que os demais integrantes, sabia tocar … Continuar lendo Cult Maniax: entre o punk e o hardcore

(Impatient) Youth, o som certo na hora errada

De volta ao mundo das bandas desconhecidas e não reconhecidas, o Factor Zero relembra o (Impatient) Youth, da cidade de Vallejo, ao norte de San Francisco. Com um som melódico recheado de referências sessentistas, o (I.)Y. ajudou a pavimentar o caminho para o um estilo de punk que na década de 90 se popularizou com bandas como o Green Day. O (Impatient) Youth conviveu e dividiu … Continuar lendo (Impatient) Youth, o som certo na hora errada

Chelsea, uma lenda viva do punk rock

O bairro londrino de Chelsea atualmente é mais conhecido pelo time de futebol que leva seu nome mas, curiosamente, tem seu estádio – o Stamford Bridge – no bairro vizinho de Fulham. É famoso também como um bairro boêmio, local de encontro de artistas (e) marginais. Não por acaso, tem uma ligação muito forte com a música underground e, claro, as raízes do punk inglês. … Continuar lendo Chelsea, uma lenda viva do punk rock

Good Vibrations Records: o pequeno gigante do punk norte-irlandês

Nos anos 70, Belfast era uma cidade tão segura quanto Bagdá ou Cabul atualmente. A Irlanda do Norte, ou Ulster, sofria com uma onda de violência por motivos políticos e divergências religiosas que dividem o país até os dias atuais. A diferença é que depois de muitas mortes sem sentido, alguns acordos foram selados e a situação está bem mais tranquila, embora não totalmente resolvida. … Continuar lendo Good Vibrations Records: o pequeno gigante do punk norte-irlandês

Wipers, a fantástica fábrica de clássicos punk

Concebido em 1977 pelo guitarrista e vocalista Greg Sage, o Wipers, sem exagero, está entre as melhores bandas da história do punk rock. Poucos grupos criaram um estilo tão próprio. E por que uma banda tão talentosa, com pelo menos um LP no rol dos dez melhores de todos os tempos, não ganhou fama e fortuna? A resposta é simples: por que Sage também é … Continuar lendo Wipers, a fantástica fábrica de clássicos punk

Blitzkrieg Bop, ramoníacos do norte da Inglaterra

Uma banda chamada Blitzkrieg Bop e cuja música mais famosa tem o título de Let’s Go. “Mais um clone dos Ramones” é o primeiro e mais natural julgamento que vem à cabeça. Não é bem assim. Apesar do nome ter sido realmente inspirado no clássico do grupo novaiorquino e de fazer o velho e bom punk rock, genialmente primitivo e com pouquíssimos acordes, as semelhanças … Continuar lendo Blitzkrieg Bop, ramoníacos do norte da Inglaterra

Pesadelo em Toronto 4 (as raízes do punk canadense): Teenage Head

O Teenage Head, ao lado das bandas citadas nos outros posts da série “Pesadelo em Toronto”, foi mais uma das pedras fundamentas do punk canadense. O grupo foi criado em 1975 por quatro colegas de faculdade: Frank “Venom” Kerr Jr (vocal), Gordon “Lazy Legs” Lewis guitarra, Steve “Marshall” Mahon (baixo) e Nick Stipanitz (bateria). Eram todos fãs de Iggy and The Stooges, MC5, Flamin’ Grooves e … Continuar lendo Pesadelo em Toronto 4 (as raízes do punk canadense): Teenage Head

Pesadelo em Toronto 5 (as raízes do punk canadense): The Curse

A The Curse é candidatíssima ao posto de primeira banda punk formada apenas por mulheres na América do Norte, ao lado das Dishrags (curiosamente também canadenses, mas de Vancouver). E costuma surpreender quem começa a descobrir a real história do punk. As minas se juntaram mais ou  menos na metade o de 1977, ou seja, até então não havia nenhuma banda punk 100% feminina nem no … Continuar lendo Pesadelo em Toronto 5 (as raízes do punk canadense): The Curse

Pesadelo em Toronto 3 (as origens do punk canadense): The Ugly

O The Ugy foi oura das bandas pioneiras do Canadá. Era da mesma estirpe “sexo-drogas-violência-rock’n’roll” que o Viletones, mas com duas grandes diferenças: eram melhores musicalmente e piores como pessoas. Não gostavam muito das outras bandas, especialmente do pessoal do Diodes, que consideravam muito “artísticos”. Os integrantes do Ugly eram marginais mesmo, inclusive tiveram muitos problemas porque virava e mexia um deles estava em cana. … Continuar lendo Pesadelo em Toronto 3 (as origens do punk canadense): The Ugly

Pesadelo em Toronto 1 (as raízes do punk canadense): The Diodes

O punk canadense tem uma história tão (ou mais) rica e interessante quanto a de suas duas principais crias, dissecadas nos posts anteriores (D.O.A. e Subhumans), ambas de Vancouver que, entre 1977 e 1982, possuía uma cena bastante agitada. Mas outras cidades também desenvolveram cenas intensas. Algumas, como Toronto, realmente surpreendentes. A proximidade com New York certamente foi determinante para isso e, não por mera … Continuar lendo Pesadelo em Toronto 1 (as raízes do punk canadense): The Diodes

Menace, o punk de origem suburbana e operária

Formado em 1976, o Menace é uma das bandas da “primeira onda” que mais abraçaram a postura punk. De origem suburbana e operária, o grupo teve participação fundamental no surgimento de uma “corrente” mais politizada e confrontadora do punk, que teve representantes como Sham 69, UK Subs, Angelic Upstarts, Cockney Rejects e tantos outros. No entanto, o Menace não conseguiu a mesma exposição que as bandas … Continuar lendo Menace, o punk de origem suburbana e operária

Big Balls & The Great White Idiot, o “factor-zero” do punk alemão

“Die muzik is tot – es lebe der punk!!!” A frase, em alemão, pode ser traduzida por “a música está morta – o Punk está vivo”. Era com estas palavras que o vocalista Baron Adolf Kaiser costumava abrir os primeiros shows do Big Balls & The Great White Idiot. O grupo pde ser considerado o “factor zero” do punk alemão. Criado em 1975, sob forte influência de … Continuar lendo Big Balls & The Great White Idiot, o “factor-zero” do punk alemão

The Lurkers, apenas o “Ramones inglês”?

The Lurkers foi uma das bandas mais importantes e mais conhecidas na época da explosão punk. Desde o início, o Lurkers sofreu com uma (talvez justa) fama de ser “o Ramones inglês”, ou a “resposta inglesa ao Ramones”, etc. Tudo porque a voz de Howard Hall era incrivelmente parecida com a de Joey Ramone e o som básico de três acordes que faziam, não muito … Continuar lendo The Lurkers, apenas o “Ramones inglês”?

Subhumans, o punk político radical do Canadá

  “Garota, eu e você vamos lutar contra o mundo” Se ela acreditar nisso, ela acreditará em tudo o que lhe disserem “Eu nunca vou te abandonar, não até que as montanhas desapareçam” Se ele acreditar nisso, mostra que tem um pouco de confiança demais Ela é nada para ele, Ele é nada para ela E ambos são menos que isso pra mim Ambos tinham uma … Continuar lendo Subhumans, o punk político radical do Canadá

Sham 69, a banda que atraía confusão

Há bandas que ficam marcadas pela sonoridade, outras pelas letras, muitas também pela atitude e algumas pelo público que atraem. E há aquelas que reúnem tudo isso. O Sham 69 se encaixa perfeitamente nessa última categoria. Todos os integrantes das primeiras formações sempre fizeram questão de frisar que eram oriundos da classe trabalhadora, aquela parcela de todas as sociedades que sempre sofre com mais intensidade … Continuar lendo Sham 69, a banda que atraía confusão

The Kids, punk “made in Belgium”, safra 76

Quando se fala em rock’n’roll e afins, a Bélgica é um daqueles países que raramente são citados. Não dá para negar que foram poucos os grupos locais que conseguiram alguma projeção internacional. Mas essa pequena porção de território das terras baixas europeias, tem muita história para contar nessa área. Foi em Bruxelas que Jimi Hendrix apresentou-se pela primeira vez fora dos Estados Unidos, por exemplo. E, … Continuar lendo The Kids, punk “made in Belgium”, safra 76

Middle Class, a primeira banda de HC dos EUA?

O ano era 1978 e o mundo ainda tentava entender o que acontecia com os jovens. A crítica musical tentava explicar o que se passava com o rock’n’roll: estaria morto? Mas punk não é rock? E o punk também não havia morrido com Sid Vicious e o Sex Pistols? Então o que a molecada dos subúrbios estava fazendo? Por que não parava de aparecer bandas … Continuar lendo Middle Class, a primeira banda de HC dos EUA?

A aventura do The Adverts

O Adverts foi uma das bandas pioneiras da cena punk inglesa de 1976-77. A história desse grupo, que considero um dos mais originais (até hoje não ouvi nenhuma banda parecida), começa em 1974, em Torquay, uma pequena cidade litorânea da região sul da Inglaterra, onde Tim Smith era vocalista do Sleaze, uma obscura banda de rock que não saiu dos pubs locais. As coisas começaram a … Continuar lendo A aventura do The Adverts

Crass, revolução dentro da revolução

Yes that’s right, punk is dead, it’s just another cheap product for the consumer’s head Bubblegum rock on plastic transistors, schoolboy sedition backed by big time promoters CBS promote the Clash, but it ain’t for revolution, it’s just for cash Punk became a fashion just like hippy used to be and it ain’t got a thing to do with you or me Movements are systems … Continuar lendo Crass, revolução dentro da revolução

The Pagans, punk sem concessões. Treta, mesmo!

Originários de Cleveland, terra dos Dead Boys, O The Pagans começou em 77, liderado pelo vocalista Mike Hudson. Completavam a formação o guitarrista Mike Metoff, também conhecido por “Tommy Gunn”, o baterista (e irmão de Mike) Brian Hudson e o baixista Tim Allee. Esse quarteto tocou junto até meados de 79 e gravaram pelo menos oito compactos, mas nenhum álbum completo. Desde o início, o … Continuar lendo The Pagans, punk sem concessões. Treta, mesmo!

Lama, a fúria finlandesa

De volta ao gelado norte europeu, vamos falar sobre o Lama, um dos melhores (em minha inútil opinião, “o” melhor) grupos punk da Finlândia. Apesar de ser considerado parte da segunda (e mais produtiva) geração de bandas punks finlandesas, o Lama começou em 1977, em Puotila, na área suburbana de Helsinque. É certo que no início não tinham mais que umas poucas músicas e só foram se … Continuar lendo Lama, a fúria finlandesa

The Wall, incompreensivelmente subestimado

Na sequência da série “Grandes Bandas Incompreensivelmente Não Reconhecidas”, o Factor Zero fala hoje do The Wall, grupo de Sunderland, cidade de cerca de 300 mil habitantes no noroeste da Inglaterra e mais famosa pelo time de futebol local. É também a terra natal do Toy Dolls. Mas, com certeza, a melhor banda punk que já apareceu por lá foi o The Wall. O grupo … Continuar lendo The Wall, incompreensivelmente subestimado

VKTMS, vítimas do destino

O VKTMS é uma banda californiana, mais precisamente de San Francisco, com vocal feminino e que considero como uma das mais originais da época. Faziam um som pesado, intenso, criativo e melódico, mas com um certo tom de dramaticidade. O tipo de som que vai crescendo a cada vez que se ouve. Formado em 1978, o grupo começou com o baterista Louis Gwerder e o … Continuar lendo VKTMS, vítimas do destino

The Nips e o “punkabilly” de Shane McGowan

Shane McGowan é muito conhecido por liderar o The Pogues e por sua acentuada tendência ao alcoolismo. Mas antes foi um punk bastante ativo no boom da cena londrina, quando montou o Nipple Erectors juntamente com a baixista Shanne “Skratch” Bradley, que mais tarde adotou o apelido de Dragonella. Completavam a primeira formação o guitarrista Roger Towndrow e o baterista Arcane Vendetta. Essse quarteto realizou … Continuar lendo The Nips e o “punkabilly” de Shane McGowan

UK Subs, subversão à inglesa

Nick Garrat, Paul Slack, Charlie Harper e Pete Davies, a formação clássica do UK Subs   “UK Subs”, que pode ser traduzido como “Subversivos do Reino Unido”, é um dos grupos punks mais conhecidos do universo (sim, se há vida em outros lugares – e tenho certeza que há – o som deles deve ter ecoado por lá). Não há punk que não conheça a banda, … Continuar lendo UK Subs, subversão à inglesa

The Sillies, da época em que éramos sujos e safados

Detroit é o berço do punk. Foi lá que nasceram Stooges e MC5, grupos que com seu estilo de rock agressivo e acompanhado de atitude rebeldes, quase criminosas (afinal, era apenas música), foram fundamentais para  que viria a ser o punk. Milhares de bandas em todo o planeta deram continuidade, nas mais variadas formas, ao som sujo, pesado e com letras ofensivas ou politizadas dessas duas … Continuar lendo The Sillies, da época em que éramos sujos e safados

The Ruts: eles tinham algo a dizer

The Ruts foi a banda que tinha alguns dos músicos mais talentosos da “segunda onda” punk inglesa. Fazia um som ao mesmo tempo pesado e bem trabalhado, com boas letras, politizadas, mas sem panfletarismo, afinal, seus integrantes estavam longe de serem militantes, mesmo tendo feito muitos shows no circuito Rock Against Racism. Uma das características mais marcantes do Ruts é que era bastante influenciado pelo … Continuar lendo The Ruts: eles tinham algo a dizer

Xtraverts, o “Sex Pistols de High Wycombe”

O Xtraverts foi criado em 1976 por Nigel Martin (vocal) e Mark Reilly (guitarra), na cidade de High Wycombe (47km a noroeste de Londres). A primeira formação foi completada por Carlton (baixo) e Tim Brick (bateria). Com um som que captava muito bem o espírito de revolta no início do punk, o Xtraverts logo conquistou muitos seguidores e a fama de “Sex Pistols de High … Continuar lendo Xtraverts, o “Sex Pistols de High Wycombe”

The Controllers, fora de controle

The Controllers é uma das bandas pioneiras da cena punk na Costa Oeste dos EUA. Formado em 1977 e extinto dois anos depois, o grupo sequer chegou a gravar um álbum, ou fazer uma turnê. Apresentaram-se poucas vezes fora dos limites de Los Angeles e San Francisco, o que certamente contribuiu para que acabassem esquecidos e ficassem de fora de muitos livros e coletâneas sobre … Continuar lendo The Controllers, fora de controle

Dead Boys: punks ao extremo

Em 1975 o punk ainda não existia “oficialmente”. Mas o Dead Boys já. E era assustadoramente punk. E deram uma gigantesca contribuição para que tudo o viria a ser conhecido como punk se espalhasse pelo mundo. Com um som que entra facilmente no rol dos mais agressivos daquele período, o Dead Boys ainda tinha uma habilidade musical inegável, fosse em estúdio ou no palco, onde destacava-se ainda … Continuar lendo Dead Boys: punks ao extremo

Os moleques atrevidos e mal-educados do Eater

“We’re the only band that can really relate to the kids, even the [Sex] Pistols… They’re old enough to be our dads.” (Andy Blade, vocalista) “The Clash are good, but politics is boring.” (Brian Chevette, guitarrista) “I don’t know anything about ‘punk’. I was just asked to join a band called Eater and I did. I was wearing a ripped up t-shirt at the time. They said: … Continuar lendo Os moleques atrevidos e mal-educados do Eater

As ilusões de grandeza do UXA

O UXA, abreviação de “United Xperiments of America”, foi outra grande banda que não alcançou o reconhecimento que merecia. O grupo foi formado em 1978, em San Francisco, pela vocalista Denise Semiroux, a.k.a. De De Troit, e o guitarrista Michael Kowalsky. Completaram o primeiro “line up“o baixista Lynwood Land e o baterista Richie O’Connel. Logo após os primeiros shows, entretanto, a banda mudou-se para Los … Continuar lendo As ilusões de grandeza do UXA

Metal Urbain: punk à francesa

O nome pode enganar, mas não tem nada a ver com heavy metal. O Metal Urbain foi uma das bandas pioneiras do punk rock francês. Com certeza, a mais original. Guitarras distorcidas ao máximo, vocais agressivos, letras politizadas, sintetizadores e bateria eletrônica. Apesar dessa composição não muito convencional, o Metal Urbain conseguia um som extremamente agressivo. O grupo surgiu em 1976, em Paris, abertamente influenciado … Continuar lendo Metal Urbain: punk à francesa

Os jogos animalescos do London

A revista POP (Editora Abril) foi uma publicação da década de 70 destinada ao público adolescente. Era bem sonsinha e, depois de certo tempo, tornou-se bem “gatinha”. Já li comparações com a Bizz (anos 80), mas acho que ela estava mais para a TodaTeen e a Contigo de épocas mais recentes, apenas com um pouco mais de pop/rock no conteúdo. No entanto, por ironia do … Continuar lendo Os jogos animalescos do London

Outsiders entre outsiders

Na grande leva de bandas surgidas entre 1976 e 77, muitas acabaram injustiçadas ou esquecidas, apesar de fazerem um som melhor que outras, idolatradas e reconhecidas pela mídia. The Outsiders foi uma delas. Formado em 76 por três amigos de escola – o guitarrista e vocalista Adrian Borland, o baixista Bob Lawrence e o baterista Adrian Janes – o grupo foi um dos mais ativos … Continuar lendo Outsiders entre outsiders

O meteórico Maniacs

O Maniacs foi uma das muitas “bandas-relâmpago” que surgiram por toda a Europa em 77, após a explosão do punk na Inglaterra. As raízes do grupo remontam a 1975, quando o guitarrista Alan Lee Shaw, o vocalista Twink (ex-baterista do Pink Faires, hoje rotulado como “proto-punk”), o baterista Rod Latter e o baixista Dennis Stow fundaram o The Rings. Com esse nome, lançaram um compacto … Continuar lendo O meteórico Maniacs

Suicide Commandos, um trio visionário

O Suicide Commandos é uma daquelas bandas que já faziam um som punk antes mesmo que o termo fosse criado. Originária de Minneapolis (EUA), foi criada em 1974 pelos amigos Chris Osgood (guitarrista e vocalista), Steve Almaas (baixista) e Dave Ahl (baterista). Na época, costumavam denominar o som que faziam simplesmente “underground”. As palavras do próprio Osgood, publicadas no jornal Twin City Readers, em julho … Continuar lendo Suicide Commandos, um trio visionário

O som dos subúrbios com o The Members

Quando resolvi criar este blog, o primeiro nome que me veio à mente foi “Sounds of the Suburbs”, referência a uma música do The Members e à essência do punk rock. No fim, optei por Factor Zero por motivos já explicados. Muito comparados ao Clash (com razão) e ao The Ruts (nem tanto), o Members é uma autêntica banda dos subúrbios londrinos, o que explica, … Continuar lendo O som dos subúrbios com o The Members

A “punk-reggae party” do incrível Basement 5

Bandas punks adotarem o reggae como uma de suas influências era até comum nos primórdios do punk. No entanto, o contrário, ou seja, músicos de reggae “cruzarem” o ritmo com o punk, não. Aliás era até bem raro. Uma das exceções foi o Basement 5. Surgido em 1978, a banda teve uma carreira bem curta – acabou em 1981 – e lançou apenas um LP, … Continuar lendo A “punk-reggae party” do incrível Basement 5

As armas genocidas do No Alternative

Em 1978, a explosão punk começava a esfriar para a grande mídia e a indústria fonográfica. Mas as sementes de um novo modo de agir e pensar, de lidar com a música, já havia germinado e dava seus primeiros frutos. A indústria do show business já não era mais essencial para que as bandas de rock existissem. Ninguém precisava mais ser um “músico fantástico” para … Continuar lendo As armas genocidas do No Alternative

Lixomania: o ponto de vista da periferia

Lixomania é um dos grupos pioneiros do punk nacional. Surgiu em 1979, em São Paulo, com Tikinho na guitarra e vocal, Adauto (Adá) no baixo e Zú na bateria. Depois de algumas apresentações, Alê assumiu os vocais. Em 1980, com alguns ensaios e apenas três músicas no repertório, o (ou “a”, como muitos preferem) Lixomania fez a sua primeira apresentação num encontro inédito de bandas … Continuar lendo Lixomania: o ponto de vista da periferia

F-Word, “classic punk from L.A.”

O punk rock californiano ficou famoso com bandas como Adolescents, Black Flag, Agent Orange, Dead Kennedys, Social Distortion, etc. Um pouco antes, porém, outros grupos da região já faziam um puta barulho. Entre os mais famosos estavam Germs, Weirdos, Zeros e Dils. Mas havia dezenas de outros grupos, entre eles o F-Word, que acabou lançando apenas um LP. Like it or Not, foi gravado ao … Continuar lendo F-Word, “classic punk from L.A.”

Les chiens de France: The Dogs, os “pais” do punk francês

O francês The Dogs é um dos poucos grupos não americanos ou britânicos que se destacaram nos primeiros anos do punk. E em seu país de origem faziam parte de um grupo ainda mais restrito, que reunia nomes como Métal Urbain e Stinky Toys. O The Dogs é cria do chamado “pub rock”, que nada mais era do que o rock dos subúrbios que tinha … Continuar lendo Les chiens de France: The Dogs, os “pais” do punk francês

The Outcasts: o original punk melódico do Ulster

The Outcasts  foi formado em 1977 pelos irmãos Greg (baixo e voz), Martin (guitarra) e Colin (bateria) Cowan, aos quais se juntou o guitarrista Colin “Getty” Getgood. Bem no comecinho, o vocalista era Blair Hamilton, mas este logo deixou o grupo, muito provavelmente por não acreditar que aquilo pudesse dar certo. Desde as primeiras apresentações o Outcasts ganhou fama de gerar confusão, tanto que o … Continuar lendo The Outcasts: o original punk melódico do Ulster

The Saints: a endemoniada raiz australiana do punk rock

Apesar de ingleses e estadunidenses reivindicarem (com razão) a condição de berço do punk rock, este acabou tornando-se um fenômeno sem pátria que desenvolveu-se lenta e simultaneamente em diversos países. E depois que chamou a atenção da juventude e “explodiu” na Inglaterra e nos EUA, entre os anos de 1976 e 77, espalhou-se como vírus pelo planeta. Na época, a indústria fonográfica, “dona” da música, … Continuar lendo The Saints: a endemoniada raiz australiana do punk rock

As “tentações fuleiras” do The Drones

O The Drones é, ou foi, uma banda inglesa da cidade de Manchester. A história dos caras começa em 1974, quando Mike Howells (vocais), Gus Callandar (guitarra), Steve Cundell (baixo) e Pete Howells (bateria) formaram o Rockslide, com um som influenciado pelo rock’n’roll dos anos 50, MC5 e Stooges. Em 1975, o Rockslide lançou seu único registro em vinil, um compacto com as faixas Roller … Continuar lendo As “tentações fuleiras” do The Drones

Desperate Bicycles, independente até a alma

O Desperate Bicycles é uma daquelas bandas “não-convencionais”, ou “visionárias”, à frente de seu tempo. Nem tanto em relação ao som, mas sim quanto à atitude. O grupo começou em março de 1977, já com a ideia de gravar e lançar um single por conta própria, inspirados pelo Buzzcocks, que havia lançado o histórico Spiral Scratch, de forma artesanal, alguns meses antes. Enquanto Ramones, Stranglers, … Continuar lendo Desperate Bicycles, independente até a alma

Bem-vindos ao novo mundo do Condutores de Cadáver

O Condutores de Cadáver é – ou foi – uma das três bandas pioneiras do punk rock no Brasil. As outras duas são Restos de Nada e AI-5.Antes desses grupos, não havia punk nas terras tupiniquins, Tudo começou em 1978, na zona norte de São Paulo, região da Vila Carolina e Vila Santa Maria, próximas ao Bairro do Limão. Como acontecia em diversos bairros paulistanos … Continuar lendo Bem-vindos ao novo mundo do Condutores de Cadáver